Atraso nas obras ameaça sustentabilidade dos estádios da Copa, diz Fifa

As medidas de sustentabilidade para a Copa do Mundo do Brasil estão ameaçadas pelo atraso na construção dos estádios, o que acaba reduzindo a prioridade das questões ambientais e de acessibilidade ante a necessidade de se concluir as obras com velocidade, disse a Fifa nesta quinta-feira.

“Os atrasos nos estádios e a pressão decorrente da necessidade de se construir de maneira apressada pode levar a certos abusos, como o desrespeito a condições de trabalho e itens de sustentabilidade previstos, que acabam deixando de ser prioridade”, afirmou o chefe do departamento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Fifa, Federico Addiechi.

“Certamente o atraso nos estádios e os aumentos nos custos podem de fato causar uma menor atenção a questões de sustentabilidade”, disse ele, que chegou a admitir que a execução das ações de sustentabilidade ambiental e de acessibilidade planejadas já teriam sofrido algum impacto, mesmo que mínimo, por causa dos atrasos, explicando que foi preciso pressionar mais.

“Afetou no sentido de que temos que exercer uma pressão muito maior… para que os atrasos não afetem as medidas de sustentabilidade.” A certificação ambiental dos estádios sob padrões internacionais foi uma condição exigida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aprovação dos empréstimos que financiaram as obras das 12 arenas. Para isso, foram adotadas medidas como o aproveitamento de água das chuvas em banheiros e na irrigação do gramado, assim como placas para captação da energia solar, entre outras.

Os responsáveis pela operação dos estádios teriam um ano, a partir da inauguração, para atender à exigência de certificação internacional, segundo informaram os representantes dos estádios ouvidos pela Reuters nesta quinta no Maracanã, onde aconteceu um treino sobre sustentabilidade organizado pela Fifa. Caso contrário, estariam sujeitos a sanções previstas nos contratos de financiamento.

Apenas a Arena Castelão, em Fortaleza, o primeiro estádio a ser inaugurado, em dezembro de 2012, conseguiu obter a certificação até o momento, concedida no nível mais básico pelo Leeds, padrão americano sobre edificações “verdes”.

Cinco dos 12 estádios construídos ou reformados para a Copa do Mundo ainda serão inaugurados, a pouco mais de quatro meses para a abertura do Mundial, dia 12 de junho, em São Paulo.

 

Emissões de Carbano

Apesar da adoção pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL) de política de sustentabilidade muito mais abrangente do que a implantada em Mundiais anteriores, as emissões de carbono no Brasil foram projetadas em 2,72 milhões de toneladas, de acordo com relatório divulgado pela própria entidade máxima do futebol.

Pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente mostra que o número está bem acima do 1,65 milhão emitido na Copa 2010, na África do Sul, onde “as ações de sustentabilidade para o torneio ainda não tinham um caráter integrado como na Copa 2014”, de acordo com Addiechi. “(No Brasil) você tem emissões que somam muito à pegada de carbono, sobretudo, nesse caso, às viagens internacionais e domésticas”, disse ele.

A metodologia para o cálculo das emissões não incluem as obras nos estádios, e as empresas responsáveis não divulgaram qual seria o impacto das obras em termos de emissão carbono.

 

via: Terra

Nokia mostra os benefícios da reciclagem de celulares

Depois de desmontar uma série de aparelhos, ela mostra a quantidade de cada metal que pode ser encontrada nos dispositivos — o que inclui cobre, ferro, alumínio, lítio, magnésio e ouro. Sim, nós acabamos de dizer “ouro”. É claro que isso acontece em proporções pequenas, mas, quando falamos de grandes quantidades de celulares, a economia de metais pode ser muito interessante para o meio ambiente.

No final do vídeo, a garota relembra que para conseguir recursos naturais há muito consumo de óleo — e é exatamente por isso que a Nokia prefere reciclar. Com a mesma quantidade de celulares obtidos no exemplo da peça, seria possível produzir 17,5 novos Nokia Lumia 1020. Certamente, a reciclagem é uma ótima jogada para o planeta. Será que você dá o destino correto aos seus celulares antigos?

 

 

Leia mais e veja o vídeo  em: http://www.tecmundo.com.br/nokia/49839-nokia-mostra-os-beneficios-da-reciclagem-de-celulares-video-.htm#ixzz2sYmehb2s

Cientistas inventam pavimento que absorve a poluição

Era disto que todo mundo precisava para finalmente reduzir o custo ambiental provocado pelos carros e caminhões. A invenção vem de Eindhoven, na Holanda, e consiste em uma substância especial que poderia ser colocada nas estradas para absorver a poluição.

Assim seria possível diminuir a concentração de gases poluentes. Então qual o problema? Opreço deste pavimento fotocatalítico, que sobe em 50% comparando com o pavimento normal.

Ainda assim, China, África do Sul e Estados Unidos mostram interesse na aquisição desta inovação, que já vai sendo testada na cidade holandesa de Hengelo. Uma repórter da BBC foi conhecer a localidade e os cientistas responsáveis. Veja no vídeo abaixo:

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Usina solar: uma opção renovável e limpa para o planeta

Com 87% de sua matriz energética vindo de hidroelétricas, o Brasil está prestes a enfrentar um colapso. Com a falta de investimento no setor, e a dependência de chuvas para reabastecer os reservatórios no Sudeste, o Brasil enfrenta uma crise energética. Além disso, apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais, já que causa alagamento, destruição de extensas áreas de vegetação natural e prejuízos à fauna e à flora.

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Uma alternativa a esta crise é a utilização da usina solar, que capta a energia luminosa e a energia térmica provenientes do Sol e as transforma em energia elétrica ou térmica. Na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, esta é uma ótima opção, já que consiste em uma fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).

A energia solar costuma ser utilizada em locais secos e ensolarados. Um bom exemplo é Israel, onde aproximadamente 70% das residências possuem coletores solares. Os Estados Unidos, Alemanha, Japão e Indonésia, também estão à frente na utilização dessa fonte. No Brasil, a utilização de energia solar está aumentando de forma significativa, principalmente o coletor solar destinado para aquecimento de água.

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Essa fonte de energia ainda não é tão utilizada no país pelo alto custo de sua implementação, porém, estudos do Ministério de Minas e Energia (MME), apontam que esse valor deverá cair até 45% até 2018. Essa redução visa a participação competitiva da energia solar em leilões de eletricidade dentro de alguns anos.

Com a redução nos custos, a utilização desse tipo de energia será mais viável, já que os painéis solares estão a cada dia mais potentes, ao mesmo tempo em que seu custo vem decaindo. Além disso, depois de instaladas, as centrais necessitam de manutenção mínima. A energia solar, ainda é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, não necessitando de enormes investimentos em linhas de transmissão.

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Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.

Como a mídia social está revolucionando a sustentabilidade

Está quase saindo do forno a versão brasileira doSocial Media Sustainability Index 2013, um abrangente relatório que revela que, ano após ano, as empresas de todos os setores estão dando importância crescente às diferentes mídias sociais para suas ações relacionadas a sustentabilidade e responsabilidade social corporativa (RSC).

A coletânea de cases de sucesso e melhores práticas que compõe o relatório pode inspirar outras empresas a gerenciar melhor suas estratégias, ferramentas e propostas para uso das mídias sociais na comunicação corporativa com foco em sustentabilidade.

Há dois aspectos aí. Um é a utilização dessas novas mídias para fortalecer o relacionamento e incrementar o engajamento dos stakeholders nos diferentes canais online dos quais eles participam. A outra é divulgar as ações de sustentabilidade realizadas, oferecendo inclusive a possibilidade de compartilhar em diferentes plataformas digitais o todo ou partes de relatórios de formato inovador (veja mais abaixo alguns exemplos).

Mais ação, menos falação — O que ficou bastante evidente na versão 2012 do Social Media Sustainability Index – e que deve se tornar ainda mais relevante em 2013 – é que as comunidades online adoram saber que as companhias têm práticas sustentáveis dignas de aplauso. E as companhias, por sua vez, têm muito a ganhar com os inputs de seus públicos de interesse.

E mais: as empresas mais inteligentes já entenderam que as mídias sociais permitem a elas mostrar como podem ser úteis à sociedade, trocando o simples discurso pela prática real.

Mas que ninguém se iluda: as pessoas percebem quando uma empresa tenta forjar seu caráter sustentável e “dourar a pílula”, alerta o responsável pelo Social Media Sustainability Report, Matthew Yeomans. E certamente vão chover críticas nas redes sociais se houver esse tipo de comportamento. Yeomans participou ontem, no Rio de Janeiro, de uma mesa redonda no evento Sustainable Brands Conference, que reuniu “cabeças pensantes” de todo o mundo para discutir tecnologia, sustentabilidade e novas mídias, jogando luz sobre como aprimorar a comunicação  com os stakeholders.

Yeomans defende que Responsabilidade Social Corporativa e mídias sociais devem andar de mãos dadas. Sem dúvida, o poder desses canais para estimular o diálogo, promover o engajamento e construir a reputação é imenso, e as empresas que fizerem direitinho a lição de casa só têm a ganhar. E que lição de casa é essa? Entender que as mídias sociais estão alterando – para melhor – a comunicação de ações de sustentabilidade. E quanto à desculpa de que é muito arriscado abrir-se via redes sociais, o risco é muito maior de não embarcar nessa tendência.

Algumas das melhores práticas:

  • Formatos inovadores — Os relatórios anuais de sustentabilidade, que se tornaram importantes peças de marketing para empresas de todos os  portes e segmentos, têm sido cada vez mais criativos e apresentados de tal forma que permitem o compartilhamento em redes sociais. A velha versão em papel ou PDF abre espaço para um diálogo mais fluido, mais rico e mais frequente com o leitor, acostumado a um ambiente digital. O próprio Facebook, por exemplo, criou um infográfico muito dinâmico e divertido para trazer suas informações.
  • Para que esperar o fim do ano? — Algumas companhias, como SAP e o banco BBVA, optam por publicar online a cada trimestre um balanço de suas ações de sustentabilidade, ao invés de esperar por um maciço relatório só no fim do ano. Ambas as empresas embalam suas mensagens na área de meio ambiente, governança corporativa e responsabilidade social em formatos úteis e simples, facilmente compartilháveis.
  • Novas perguntas – Se procurar formatos inovadores é uma tendência, vale ir bem mais além do que simplesmente se perguntar “como podemos apresentar melhor  nosso Relatório de Sustentabilidade?” , para buscar “quem é a nossa audiência nas mídias sociais e como podemos fornecer informação de maneira mais atraente e relevante?”.
  • Sem medo de ousar – Para responder a pergunta anterior, blogs, revistas virtuais, infográficos e até Instagram e Pinterest, cujo foco principal são imagens, já têm sido usados para disseminar de maneira consistente e interativa o posicionamento de sustentabilidade das companhias mais ligadas no engajamento dos stakeholders. Ou seja, não é necessário se ater a uma versão online no estilo site.
  • Apps, mapas e jogos interativos – A comunicação não se cansa de inventar novas formas de transmitir conteúdo de sustentabilidade. Alguns exemplos são os mapas da Petrobras, que mostram a biodiversidade brasileira e a colaboração da empresa para sua conservação; o aplicativo da Opower em parceria com o Facebook, para ajudar as pessoas a identificar e adotar maneiras de economizar energia; e o game interativo da Novo Nordisk, que simula um desafio para construir uma boa reputação corporativa ao equilibrar as ações que você desenvolve como funcionário.

O Social Media Sustainability Index 2013 ainda não tem data para ser publicado em português, mas é certo que a edição brasileira será fruto de uma parceria com a Eight Sustainability Platform e a Report Sustentabilidade, e que analisará também casos de empresas com atuação no Brasil.

 

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Maior estrutura reciclável do mundo!

Um pavilhão temporário construído com 45 mil caixas de leite coletadas em mais de 100 faculdades de Granada, na Espanha.

Desenhado por CUAC Arquitectura e por Sugarplatform o projeto inciou com a distribuição de um folheto informativo em centenas de instituições de ensino em Granada. A disponibilidadedos estudantes em contribuir com o projeto gerou uma coleta de 45 mil embalagens de leite. As embalagens foram moldadas com grampos em um ângulo de 135º formando dois tipos de módulos independentes: a parede, como peça sólida e uma torre que une duas outras peças linearmente ou perpendicularmente.

O pavilhão foi construído em apenas duas semanas e em duas etapas. A primeira foi com a ajuda de 120 estudantes que tiveram aulas de projeto na Faculdade de Arquitetura de Granada e construíram cerca de 300 módulos. A segunda etapa foi com o transporte e montagem destes módulos para o Parque de Ciências.

O objetivo do projeto implicou em conscientizar as pessoas da importância do tratamento e reciclagem dos lixos e resíduos produzidos pelo ser humano para a proteção do meio ambiente e mostrar que é possível usar a cabeça para a construção de estruturas temporárias com o seloverde de verdade!

O pavilhão inteiro foi desmontado e enviado para um centro de reciclagem. Esta iniciativa rendeu o Guiness com recorde mundial de maior estrutura construída à partir de material reciclado.

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Toldo de garrafas PET

Mais do que uma palavra da moda, o termo “reciclar” é uma atitude de vida que veio pra ficar. Inspirado nesse conceito o designer Garth Britzman criou uma espécie de toldo em um estacionamento nos Estados Unidos usando garrafas PET.

Para deixar a ideia (que é demais!) ainda mais interessante, ele encheu o fundo de cada garrafa com um liquido colorido – como cada PET tem na sua base um formato que lembra uma flor, o resultado final deu à obra uma cara de jardim suspenso multicolorido.

 

 

Sacada simples, ecologicamente correta e linda, né? Os motoristas agradecem pela sombra, o público agradece pela criatividade e o planeta agradece pela forcinha!

 

Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar

 

Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.


O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste. Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso.



A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. “Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo”, esclarece. Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo.


Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás. Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um “avião” – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.



À prova de apagão 

Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: “As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar”. O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético.



Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. “Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial”, diz. Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes.


De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias. O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento.


A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. “Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%”, garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. “Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental”, finaliza Fernandes Ximenes.


8 ações criativas de jardinagem de guerrilha pelo mundo

Para levar um pouco de verde às ruas, como forma de protesto contra a má preservação do espaço público, ou só para botar um sorriso no rosto de alguém, a jardinagem de guerrilha é um movimento que chama atenção e faz diferença (ainda que temporariamente)

No meio do caminho, uma flor

Não importa se você está dirigindo um carro, andando de bicicleta ou gastando a sola do sapato, é simplesmente impossível não se enfurecer com os buracos no meio do caminho. Indignado com o péssimo estado de algumas ruas e calçadas de Londres, o ciclista Steve Wheen resolveu alertar quem passa despercebido por uma dessas fendas de uma forma elegante e bem mais agradável visualmente do que a prática popular de colocar um pedaço de madeira ou um cabo de vassoura no lugar.

Ele transformou os feiosos e perigosos buracos em micro jardins – alguns levam até miniaturas de mobiliários urbanos, como bancos, cabines de telefone e hidrantes. Por suas intervenções, Wheen ficou conhecido como The Pothole Gardener(“Jardineiro de buracos”, em tradução livre). Ele mantém um site com fotos de suas pequenas criações, onde diz: “Meus jardins são uma maneira de transformar algo muito ruim, como um buraco, em algo um pouco mais feliz que leva as pessoas a sorrir mas também a questionar o ambiente em que vivem e como elas podem mudá-lo”.

 

Intervenção de jardinagem de guerrilha de Steve Wheen

Natureza “implantada” em Madri

Chamando a atenção para a falta de espaços verdes no centro de Madri, o grupo de intervação urbana Luzinterruptus saiu às ruas para protestar e proteger as ervas daninhas e pequenas plantinhas que brotam em fendas no meio do concreto. A intervenção de jardinagem de guerrilha ocorreu no dia 5 de maio à meia-noite de Malasaña para Lavapiés, deixando para trás um total de 50 pequenos ecossistemas nas áreas mais duras e mais cinzas da cidade. Em alguns lugares eles protegeram as plantas existentes, cobrinda-os com estufas portáteis e em outros casos, eles plantaram mudas resistentes na esperança de que elas criariam raiz e alguém notaria. Para deixar mais divertido o cenário, pequenos animais de brinquedo acompanharam as plantas, como se estivesse num refúgio iluminado com luzes
Jardinagem de guerrilha do grupo Luzinterruptus, em Berlim

Posterchild: preenchendo o vazio

Canadá também tem sua cota no ativismo de floricultura urbana. Em 2009, em Toronto, o artista de rua Posterchild começou a transformar caixas de jornais abandonados em vasos de flores. Fazia anos que as caixas, espalhadas por tordas a cidade, estavam vazias, ocupando espaço valioso nas calçadas. Posterhild percebeu que pichadores usavam frequentemente as caixas para atos de vandalismo urbano, e pensou como o interior poderia ser usado para benefício público. Num piscar de olhos, ele deixou a cidade mais bonita.
Jardinagem de guerrilha de Posterchild

Cabeça florida

Em seu projeto de jardinagem de guerrilha, a artista inglesa Anna Garforth une natureza e reciclagem, ao dar vida nova a jarros de plástico de leite vazios que iriam para o lixo. Com cores vibrantes, como verde laranja, e traços no estilo tribal ela transformar as embalagens numa espécie de totem, chamado “jardineiro cabeça”, recheado de samambaias cujas folhas caem delicadamente dos postes de luz da cidade. Uma forma de dar um toque de distração verde para os pedestres em contraste ao ambiente cinzento do centro urbano.
Projeto de jardinagem de guerrilha, a artista inglesa Anna Garforth

Arranjo publicitário

Quando liberados, cartazes de propaganda podem se multiplicar pelas paredes e postes das ruas de forma tão rápida e intensa a ponto de causar poluição visual. Em Toronto, no Canadá, os amigos Eric Cheung e Sean Martindale encontraram nesses papeis colados uns sobre os outros a tela ideal para fazer sua arte: basicamente eles usam os cartazes publicitários antigos para criar pequenos bolsões onde inserem plantas e flores. As plantas de bolso, como foram chamadas, ajudam a mudar a paisagem urbana de forma inusitada e muito divertida, ainda que temporariamente.
Jardinagem de guerrilha de Eric Cheung e Sean Martindale, em Toronto, Canadá

Arranjo publicitário

Quando liberados, cartazes de propaganda podem se multiplicar pelas paredes e postes das ruas de forma tão rápida e intensa a ponto de causar poluição visual. Em Toronto, no Canadá, os amigos Eric Cheung e Sean Martindale encontraram nesses papeis colados uns sobre os outros a tela ideal para fazer sua arte: basicamente eles usam os cartazes publicitários antigos para criar pequenos bolsões onde inserem plantas e flores. As plantas de bolso, como foram chamadas, ajudam a mudar a paisagem urbana de forma inusitada e muito divertida, ainda que temporariamente.
Jardinagem de guerrilha de Eric Cheung e Sean Martindale, em Toronto, Canadá

Vasos negligenciados

Às vezes, pequenas coisas podem fazer as pessoas pensarem sobre as questões importantes que nem sempre recebem a atenção devida no corre-corre diário. Foi com essa ideia em mente, que o artista Sean Martindale ( o mesmo das plantas de bolso) convidou artistas locais, designers e jardineiros e pediu-lhes para prestar alguma atenção aos canteiros e vasos negligenciados nas suas ruas e revitalizá-los com a sua própria instalação original. Em 24 horas, 30 instalações brotaram na cidade, uma mais surpreendente que a outra.
Jardinagem de guerrilha Sean Martindale, em Toronto, Canadá

Horta (quase) particular

Um experimento para utilizar o espaço urbano para a produção de alimentos. O Gemüsekorb (“cesta de legumes”) é um projeto de moradores de Berlim que cria jardins móveis em carrinhos de compras abandonados. Eles plantam de tudo, desde flores à temperos, tomate, batatas. Segundo o site oficial, em 2010, dois carrinhos geraram três variedades de batatas típicas alemãs, o Rübchen Telltower, alface, e duas variedades de rabanetes europeus. De tão curioso, em 2011, foi realizada uma oficina para ensinar as pessoas a fazer o seu próprio jardim móvel e cuidar bem dele.
Jardinagem de guerrilha do Gemüsekorb, em Berlim

Urbanbuds: jardins com alça

Que tal plantar não só um jardim, mas uma horta inteira e carregar para onde você for, tudo dentro de uma mala? Gionata Gatto transformou essa ideia em realidade, criando malas cheias de terra fértil para cultivo de vegetais e frutos. Cada uma delas permite o crescimento de cerca de trinta e seis diferentes plantas, que podem desenvolver verticalmente ao longo do tecido. Segundo o artista, o “Urbanbud” usa o conceito de alimentos como um sinal de identidade cultural, uma bagagem que se carrega desde o nascimento. Cada pessoa tem seu próprio gosto e suas preferências na escolha das sementes para plantar e o bacana é que neste tipo de atividade cada um pode visualizar sua personalidade através da jardinagem.
Jardinagem de guerrilha Urbanbuds