Como será feita a reciclagem nos Jogos Olímpicos de Londres

Uma das metas de Londres nos jogos deste ano é ser a primeira Olimpíada sem desperdício – princípio que os organizadores chamam de Zero Waste Games (jogos de desperdício zero). Segundo números apresentados pela organização do evento, o equivalente a 79 mil piscinas olímpicas cheias de lixo vão para os aterros do Reino Unido todos os anos.

Uma das iniciativas são selos coloridos que virão nas embalagens fornecidas durante o evento para auxiliar o descarte correto pelos visitantes.

Embalagens com selo cor de laranja deverão ser descartadas nas lixeiras de mesma cor, reservadas para comida e embalagens com as quais é possível fazer compostagem, ou seja, que podem ser transformadas em adubo para plantas.

Os selos verdes direcionam os resíduos para a lixeira verde e estarão nas latas e embalagens de plástico, que podem ser recicladas e transformadas em novos produtos, assim como os papéis que o público precisar jogar fora. A organização afirma que todos os materiais de plástico descartados durante os jogos serão reciclados e transformados em novos materiais de consumo em um período de seis semanas.

As lixeiras de cor preta serão as menores. O site oficial do evento diz que “não serão as mais necessárias”. Estes selos indicam produtos que não são recicláveis (indicados em pacotes de batata frita e doces) e por isso vão direto para um aterro, onde serão usados para gerar energia.

 

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Cientista da Nasa diz que mudança climática é pior do que se esperava

O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, James Hansen, considerado um dos cientistas que mais tem alertado ao longo dos anos sobre os impactos das mudanças climática, disse nesta semana que o problema é maior do que se pensava.

“Minhas projeções sobre o aumento da temperatura global demonstraram ser verdadeiras. Mas falhei em prever a rapidez (das mudanças)”, disse Hansen em um artigo publicado no jornal americano The Washington Post.

No texto “A mudança climática está aqui e é pior do que pensávamos”, o cientista diz que, quando testemunhou diante do Senado americano, no verão de 1988, traçou “um panorama obscuro sobre as consequências do aumento contínuo da temperatura impulsionado pelo uso de combustíveis fósseis”.

“Tenho uma confissão a fazer”, disse, no artigo. “Fui muito otimista.”

O novo estudo teve sua publicação pela revista da Academia de Ciências dos EUA (Proceedings of the National Academy of Sciences) antecipada após o artigo de Hansen no jornal.

‘Verões extremos’
Segundo Hansen, os verões de calor extremo registrados recentemente em diversos pontos do planeta provavelmente são resultado do aquecimento global .

Entre os episódios atribuídos à mudança climática, ele cita a seca do ano passado nos Estados americanos do Texas e de Oklahoma, as temperaturas extremas registradas em Moscou em 2010 e a onda de calor que atingiu a França em 2003.

As variações climáticas naturais podem ser muito amplas e a relação entre fenômenos extremos e aquecimento global é tema de intensa controvérsia.

No entanto, Hansen afirma que as recentes ondas de calor estão vinculadas à mudança climática e que a nova análise estatística realizada por ele e outros cientistas da Nasa mostra claramente esse vínculo.

Os cientistas da Nasa analisaram a temperatura média no verão desde 1951 e mostraram que em décadas recentes aumentou a probabilidade do que definem como verões “quentes”, “muito quentes”, e “extremamente quentes”.

Os verões “extremamente quentes”, dizem, se tornaram mais frequentes. Desde 2006, cerca de 10% da superfície em terra (não sobre o mar) no hemisfério norte tem registrado essas temperaturas extremas a cada verão.

Hansen disse que é necessário que o público entenda o significado do aquecimento global devido à ação humana.

 

Nasa/SPL

Mapa de satélite mostra temperaturas globais, quanto mais vermelho mais quente

 

 

“É pouco provável que as ações para reduzir as emissões de gases alcancem os resultados necessários enquanto o público não reconhecer que a mudança climática causada pela ação humana está ocorrendo”, disse.

“E perceber que haverá consequências inaceitáveis se não forem tomadas ações eficazes para desacelerar este processo.”

Reações
De acordo com o analista de meio ambiente da BBC, Richard Black, o estudo de Hansen foi recebido com reações diversas pela comunidade científica.

Andrew Weaver, da Universidade Victoria, no Canadá, disse que o estudo é um trabalho “excelente”, que requer uma pergunta diferente da feita por Hansen e seus colegas.

“Perguntar se isso se deve à mudança climática é equivocado”, disse Weaver.

“O que podemos perguntar é o quão provável é que isso pudesse ocorrer na ausência do aquecimento global. É tão extraordinariamente improvável que a causa tem que ser o aquecimento global.”

Mules Allen, professor da Universidade de Oxford, disse que o estudo concorda em linhas gerais com análises prévias, mas observa que a interpretação vai “além do que muitos cientistas aceitariam sem problemas”.

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Carros elétricos para recicladores

A partir da coleta seletiva de resíduos recicláveis em vários bairros de Crato, cinco agentes recicladores irão receber carrinhos elétricos destinados ao projeto de melhoramento do meio ambiente. O equipamento, que tem custo estimado de R$ 10 mil, foi doado pela Organização Não Governamental Compromisso Empresarial Para a Reciclagem (Cempre), mantida por diversas empresas multinacionais e com atuação e credibilidade internacional.

A iniciativa, que é pioneira no Estado do Ceará, deverá ampliar a coleta e melhorar a renda mensal dos catadores. Para conhecer o trabalho de reciclagem, já realizado na região do Cariri, há cerca de 15 dias a entidade enviou consultores aos Municípios de Crato, Santana do Cariri e, também, Nova Olinda.

Por estarem à frente na organização das atividades, contar com a Associação dos Agentes Recicladores de Crato (AARC) e apresentar projeto e resultados vencedores na categoria Coleta Seletiva, – durante a Feira Internacional e Industrial do Meio Ambiente, realizada pela Associação Brasileira de Indústria Pet (ABIPET), ainda em 2010, no Estado de São Paulo -, os recicladores cratenses chamaram a atenção da Cempre. Atualmente, os agentes recolhem o material em carrinhos manuais, doados pela Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano ou o acumulam em sacos de estopa, carregando-os nos ombros.

Entretanto, devido à topografia local ser bastante irregular, o trabalho de coleta de material reciclável não tem obtido o sucesso esperado. Mensalmente, os agentes recicladores retiram do meio ambiente cerca de dez toneladas de resíduos. Ao todo, 24 trabalhadores estão cadastrados na AARC. As ações são realizadas desde 2005, por meio da sensibilização da população.

Cada agente associado faz sua produção. Semanalmente, eles recebem os valores obtidos com a venda do material. Com aquisição dos carrinhos elétricos, a expectativa é de que sejam recolhidas 13 toneladas de resíduos por mês.

Segundo o presidente da AARC, José Barbosa de Sousa, o lucro dos catadores chega a ser de até R$180 por semana, dependendo da quantidade de resíduo recolhida. Ele diz que os carrinhos elétricos irão viabilizar a coleta seletiva de lixo no Município. “Apesar de não suportar muito peso, os carrinhos elétricos vão nos ajudar bastante. O trabalho vai ficar mais leve e mais eficiente. A gente espera melhorar nossa produção em até 25%”, afirma.

A expectativa é que nos próximos três meses o equipamento já esteja sendo utilizado pelos catadores locais. A Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano planeja, junto aos parceiros, retomar os projetos de coleta seletiva nos bairros mais populosos. Para atuar com carrinhos elétricos, a AARC irá capacitar oito agentes recicladores. De acordo com a secretária da pasta, Lívia França Aguiar, a doação do equipamento terá reflexo direto na gestão dos resíduos sólidos no Município. “A coleta seletiva no Crato ainda é um projeto piloto, mas que gera benefícios positivos para o meio ambiente. Por isso, iremos buscar parcerias que fortaleçam o seguimento”, revela ela.

Atualmente, a coleta de resíduos sólidos no Crato é realizada de forma mista. Sendo que a maior parte do serviço é feito por uma empresa privada, contratada por meio de licitação. Por mês, a administração investe R$180 mil na limpeza pública. Ao todo, o Município é responsável pela produção mensal de 1.900 toneladas de resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Além de outras 360 toneladas de poldas de árvores.

Planos de Resíduos

De acordo com a Lei Federal 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), até 2014 todos os Estados e Municípios deverão elaborar seus Planos de Resíduos Sólidos. Apesar de ainda manter um lixão, no Distrito de Ponta da Serra, o Crato está incluído nos 11 Municípios que compõe o projeto do Aterro Consorciado do Cariri, que será construído, com recursos do Banco Mundial para o Desenvolvimento (Bird), em Caririaçu. No momento, a Semace está realizando a analise do Estudo do Impacto Ambiental (AIA). Somente a partir do resultado da avaliação, a Secretaria das Cidades, responsável pela execução da obra, irá realizar audiências públicas nos Municípios beneficiados pelo aterro. O equipamento terá capacidade para receber a demanda de resíduos sólidos nos próximos 20 anos.

Mais informações:

Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano
Endereço: Rua 7 de Setembro, Bairro: São Miguel
Centro Administrativo
Telefone: (88) 3521.6425

Seminário orienta gestores sobre o último mandato

Na ocasião, os diversos gestores municipais presentes tiraram dúvidas e apresentaram as suas demandas no auditório da Aprece

A Associação dos Municípios do Ceará sediou, ontem, o Seminário Nacional de Controle de Contas da União e dos Municípios: Fiscalização e Orientações de Final de Mandato. A iniciativa, realizada em parceria pela Aprece, Confederação Nacional dos Municípios e Tribunal de Contas da União, foi direcionada a prefeitos e prefeitas, controladores internos, assessores jurídicos, secretários de finanças e planejamento.

Teve como objetivo oferecer informações, suporte e orientação em relação às questões e demandas envolvendo a efetiva aplicação da legislação fiscal e das demandas de controle, efetivando em qualidade da administração pública municipal.

O evento contou com a participação da secretária de Controle Externo do TCU, Shirley Gildene Brito Cavalcante. Ela abordou os principais procedimentos, exigências e controles que a municipalidade deve ter em relação ao TCU, acomodando a orientação em relação às práticas adequadas de final de mandato.

Segundo ela, o encontro foi uma oportunidade de reforçar a parceria do Tribunal com os Municípios e também uma possibilidade para que a corte de contas da União oferecesse orientações básicas e indispensáveis para o fechamento financeiro de 2012. “Nós precisamos capacitar o gestor municipal para que ele possa finalizar o mandato de forma correta”, enfatiza.

Ela destacou, como prioridade, o cuidado que os prefeitos devem ter quanto aos contratos de repasse e convênio que apenas finalizam em 2013. “Os contratos que não terão condições de acabar em 2012 carecem de maior atenção por parte dos gestores. Neste caso eles devem, ao deixar o cargo, anexar toda a documentação necessária para que o novo prefeito efetive a prestação de contas e, assim, evite alguma punição posterior”.

O coordenador técnico da Aprece, Talles Gomes, disse que este foi um momento para os gestores fiquem informados e para o processo de transição acontecer de maneira tranquila. “Vamos consultar os Municípios. Se ainda houver necessidade de mais esclarecimentos, vamos ver de que forma poderá ser resolvido”, finaliza.

Mais informações:

Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece)
Av. Oliveira Paiva, 2621 – Seis Bocas – Fortaleza
Fone: (85) 4006.4000

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Sustentabilidade se aprende na escola

Se o conceito de sustentabilidade estivesse presente nas escolas de forma efetiva, certamente teríamos mais adultos engajados nas questões ambientais. A educação é um dos principais vetores de conscientização social, e a escola, um ambiente fundamental para ser palco desse novo pensar e agir, revendo padrões de produção e consumo. Algumas instituições de ensino já incluem no projeto pedagógico essas lições sobre o desenvolvimento sustentável, como o exemplo da Green School, em Bali (http://www.respostassustentaveis.com.br/blog/licoes-de-sustentabilidade/), que mostramos aqui no blog.

Aqui no Brasil já temos alguns bons exemplos de escolas integrando atitudes responsáveis ao seu espaço, como o projeto EP+20+5, da Escola Parque, no Rio. Ela criou o GAEP (Grupo Ambiental da Escola Parque) e dele nasceu o projeto, que é um plano colaborativo de metas pela sustentabilidade, produzido pelos próprios alunos e organizado por professores. A ideia é pensar em soluções para tornar a escola mais sustentável num prazo de cinco anos. O projeto, organizado em temas, abrange Transporte e Mobilidade, Alimentação, Energia, Água, Resíduos e Materiais e Biodiversidade.

Alunos da Educação Infantil em aula de cultivo e contato com a terra/EP+20+5 / Foto: EP/Divulgação

O colégio estadual Erich Walter Heine foi no país a primeira escola construída segundo preceitos de equilíbrio com o meio ambiente. Situada no Rio de Janeiro, a escola, inaugurada em maio de 2011, teve seu projeto arquitetônico desenvolvido numa parceria público-privada, aproveitando as características naturais do local.

Priorizando a iluminação natural, o reaproveitamento das águas captadas das chuvas e a implantação de um telhado verde, que ajuda na climatização dos ambientes, o colégio conquistou o selo Leed (Leadership in Energy and Envorimental Design), sendo uma das 120 escolas reconhecidas pelo Green Building Council, entidade regulamentadora da certificação.

C E. Erich Walter Heine, em Santa Cruz / Foto: divulgação

Há poucos mais de uma semana, foi inaugurada em São Paulo a escola estadual Ilha da Juventude, que conquistou o certificado AQUA (Alta Qualidade Ambiental) através da Fundação Vanzolini, gerida pela USP. O certificado é concedido a projetos arquitetônicos que seguem padrões sustentáveis desde a concepção da obra até a utilização do prédio. O modelo deverá ser aproveitado para a construção de mais três projetos, já em fase de execução.

Pensar na questão do equilíbrio com o meio ambiente, fazendo da escola um ambiente gerador de novas possibilidades, incentiva o movimento de transformar primeiro a si mesmo e depois a realidade onde se vive. Confira o infográfico abaixo, preparado pelo site Nova Escola, da Editora Abril, que sugere e explica atitudes a serem implementadas em escolas que busquem um ambiente mais responsável:

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País discute no Mercosul ações de sustentabilidade ambiental

O Ministério do Meio Ambiente mantém reuniões nesta semana com delegações do Uruguai e da Argentina para discutir medidas e ações a serem desenvolvidas na área de sustentabilidade ambiental. As reuniões fazem parte do Programa de Apoio ao Aprofundamento do Processo e Integração Econômica e Desenvolvimento Sustentável do Mercosul (Econormas).

O programa prevê investimento da ordem de 18 milhões de euros (R$ 44,9 milhões). Desse total, 6 milhões de euros (R$ 14,9 milhões) serão desembolsados pelos países integrantes do Mercosul. O restante é assegurado pela União Europeia. O projeto visa garantir a melhoria da qualidade e da segurança dos produtos do bloco econômico, a promoção do crescimento aliado à gestão sustentável de recursos e estimular as ações de proteção ambiental.

Entre as medidas que serão discutidas durante esta semana, estão o contrato para intervenção ambiental em pequenas e médias empresas, a definição da campanha de divulgação e as diretrizes para realização de oficinas sobre práticas na área de gestão ambiental e produção sustentável.

A cooperação viabilizará medidas em quatro frentes de atuação: promoção da produção e consumo sustentáveis; luta contra a desertificação e os efeitos da seca; avanços para a implantação do Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) e convergência da base normativa e regulamentária de produtos em áreas específicas selecionadas e criação de capacidades regionais de avaliação de conformidade.

Metade dos brasileiros não se preocupa com desperdício de água

Uma pesquisa realizada pela ONG internacional WWF cujos resultados foram divulgados nesta terça-feira apontou que 48% dos brasileiros reconhece que consome água sem se preocupar com o desperdício e 30% afirma demorar mais de 10 minutos no banho.

Além disso, 45% admite que não adota nenhuma medida que possa reduzir o consumo de água, como a de fechar a torneira enquanto escova os dentes. Diante desse consumo sem controle, 80% dos brasileiros reconhece que poderá ter problemas de fornecimento de água no futuro, e 68% admite que o desperdício será a principal causa do problema.

Segundo a pesquisa, que a WWF encomendou ao Ibope e que em novembro do ano passado ouviu 2.002 pessoas em 26 Estados, o brasileiro não só admite que desperdiça água mesmo estando consciente que têm que economizar, mas também não coloca em prática medidas que conhece e que ajudariam a reduzir o consumo.

O mais grave é que uma pesquisa parecida realizada há cinco anos mostrou que a preocupação era maior naquela época. Em 2006, apenas 37% disse consumir água sem se preocupar com o desperdício e 18% admitiu demorar mais de dez minutos no banho. Segundo o coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas, uma pessoa gasta 100 l de água em um banho de 10 minutos.

Embora a agricultura consuma 70% da água usada no País, o 81% dos entrevistados considera que os maiores consumidores são a indústria e as residências. A pesquisa mostrou, além disso, que 67% das residências brasileiras enfrenta algum tipo de problema por falta de água e que o recurso já é pouco em 29% dos domicílios da região Nordeste.

Segundo dados da ONG, o consumo médio de água do brasileiro é de 185 l diários por habitante, abaixo do europeu (200 l), mas muito superior ao de regiões em que o recurso é pouco, como o próprio Nordeste (100 l) e África Subsaariana (menos de 50 l).

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5 lições preciosas da Rio+20 para empresários

O que acontece quando se coloca sob um mesmo teto executivos de corporações globais, como Microsoft, Google, Volkswagen, Coca-Cola e Unilever – entre centenas de outros representantes de empresas de peso de todo o mundo – para discutir Sustentabilidade? Acrescente à fórmula, entidades não-governamentais de renome como WWF e Oxfam, mais algumas dezenas de dirigentes públicos e importantes instituições, como a Fundação Getúlio Vargas e a iniciativa CDP (Carbon Disclousure Program), e ainda pesquisadores de universidades de excelência a exemplo de Columbia e Cornell.

Essa era a cara multifacetada do Fórum de Sustentabilidade Corporativa, um evento paralelo à Rio+20 que terminou ontem na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Organizado pelo Global Compact – uma iniciativa da ONU em parceria com o setor privado para disseminar práticas de reponsabilidade socioambiental dentro das empresas – o encontro de quatro dias traçou algumas tendências que já norteiam as principais lideranças empresariais globais e outras que precisam ser reforçadas. As empresas do Global Compact também lançaram um documento com 200 iniciativas voluntárias para reduzir ou neutralizar as emissões de gases causadores do efeito estufa nos próximos anos.

Sustentabilidade na Cadeia de Fornecimento

O flagrante de trabalho escravo num dos fornecedores da gigante do varejo de moda Zara, em agosto do ano passado, colocou um refletor sobre a necessidade das empresas desenvolverem mecanismos mais apurados para checar e garantir a sustentabilidade em sua cadeia de fornecedores. Hoje, gerenciar os impactos sociais, ambientais e econômicos desses stakeholders é um componente chave para o desenvolvimento sustentável, e um meio das empresas darem mais um passo – um senhor passo, deve-se dizer – no caminho da produção verde.

Ao serem cultivadas em escala em complexidade cada vez maiores, as cadeias de fornecimento representam desafios para a gestão e também oportunidades significativas para as empresas, principalmente no que diz respeito à promoção dos direitos humanos, melhoria nas condições de trabalho, proteção ao meio ambiente e aumento dos esforços anti-corrupção. Para ajudar as empesas a mapear suas estratégias na área, o Global Compact, a BSR e a consultoria britânica Maplecroft lançaram uma ferramenta que ajudará as empresas a rapidamente verificar a estratégia de sustentabilidade da cadeia de abastecimento, com um conjunto de orientações detalhadas, e identificar pontos fortes e áreas que necessitam de melhoria.

Relatórios de Sustentabilidade

Publicar relatórios de sustentabilidade é uma das formas mais eficazes e transparentes de mostrar o quanto sua empresa está empenhada em mudar a forma de fazer negócios e prestar contas com a sociedade e o mercado a respeito de suas práticas socioambientais. Mas ainda é preciso maior adesão. No Brasil, por exemplo, segundo uma nova pesquisa da BM&FBOVESPA apresentada durante a Rio + 20, de um total de 448 empresas de capital aberto analisadas, só 21 % publicam relatórios de sustentabilidade ou similares; 107 não publicam, mas explicaram por que não o fazem (23,88%) e 245 não se manifestaram (54,69%).

Outra tendência emergente nos negócios é a integração dos relatórios empresariais, que junta as informações financeiras da companhia com dados socioambientais e de governança corporativa. O formato chamado GRI (Global Reporting Initiative) é capitaneado por um grupo com sede na Europa, o Comitê Internacional para Relatórios Integrados, ou IIRC na sigla em inglês. General Motors, Accenture, Santander e Natura são algumas das empresas que seguem as diretrizes da GRI.
Valorizando o Capital Natural

A preservação do capital natural virou regra nas empresas ecologicamente responsáveis, que já começam a contabilizar o uso que fazem dos recursos da natureza. Um reflexo de uma ideia que veio de vinte anos atrás, surgida na ECO-92, que enfocou a importância do ambiente natural e as prestações de serviços, o capital natural, para sustentar a existência humana. O assunto ganhou corpo e angariou apoio forte no meio empresarial nos últimos anos.

Prova disso foi o anúncio no Fórum feito por CEOs de 37 bancos, fundos de investimentos e companhias de seguro, de um compromisso para integrar considerações sobre capital natural nos seus produtos e serviços. “Tomar o capital dentro do resultado final é trazer a riqueza real do planeta do espectro invisível para o visível, a fim de pender a balança da degradação em direção ao gerenciamento de comunidades, empresas e países”, disse na ocasião do lançamento do Natural Capital Declaration o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente, Achim Steiner.

Uso responsável de água

Cerca de 800 milhões de pessoas no mundo sofrem com falta de acesso à água potável, e 2,5 bilhões carecem de saneamento básico. Devido ao crescimento populacional, a urbanização e as tendências de industrialização e as mudanças climáticas, a ONU estima que dois terços da humanidade viverão em regiões com carência de água em 2025. Diante de um cenário como este, não dá para as empresas fecharem os olhos para usos irresponsáveis deste precioso recurso em suas operações.

Um grupo de 45 diretores executivos, representando uma gama diversificada de empresas e regiões a nível mundial, anunciou duarnte o encontro do Global Compact um importante compromisso corporativo para promover práticas de gestão da água e pediu aos governos presentes à Rio +20 para tornar a segurança de água prioridade global. Segundo os empresários, é preciso avançar na definição de metas de eficiência no uso de água nas operações de fábricas, trabalhar com os fornecedores para melhorar a gestão desse recurso e agir em conjunto com governos, ONGs, investidores e outras partes interessadas em projetos e soluções para ajudar a combater a crise de água mundial.

Inovação verde

Conhecimento e inovação serão os principais fatores da sustentabilidade social e corporativa nos próximos anos. Tecnologias mais limpas e eficientes podem ajudar a reduzir o impacto ambiental das empresas e ainda gerar ganhos financeiros. Para se ter uma ideia, com seu plano de sustentabilidade, a Unilever chega a economizar 10 milhões de dólares todos os anos. E o planeta, claro, também se beneficia. A sua fórmula para lavar roupas “com apenas um enxágue” economiza em média 30 litros por lavagem e já é usada em 12,5 milhões de lares no mundo inteiro. Já a a General Motors economizou mais de US$ 30 milhões em 6 anos com seu programa de produtividade dos recursos, que também reduziu o volume de resíduos em 40%.

Mas, enfatizam os executivos, a inovação sustentável requer que a empresa nutria uma cultura inovadora de inspiração para permitir que os empregados tenham liberdade de desenvolver ideias e possam participar do processo da sustentabilidade. Todos também concordam que as empresas que investem em inovação sustentável para aumentar a eficiência, muitas vezes adiantando-se a marcos regulatórios, acabam por obter vantagem competitiva para conquistar novos mercados na próxima década.

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Brasil atinge menor taxa de desmatamento em 24 anos

O Brasil atingiu a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a fazer a medição, em 1988. Segundo dados apresentados nesta terça-feira pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entre agosto de 2010 e julho de 2011, a região teve 6.418 quilômetros quadrados da sua área desmatada, o que representa a menor taxa em 23 anos e uma redução de 8% em relação ao apurado no mesmo período entre 2009 e 2010.

O anúncio foi feito em solenidade no Palácio do Planalto comemorativa ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Os dados mostram que o Pará foi o Estado que mais desmatou no período (3.008 quilômetros quadrados), seguido de Mato Grosso (1.120 quilômetros quadrados), Rondônia (865 quilômetros quadrados) e Amazonas (502 quilômetros).

A ministra Izabella destacou que os dados de 2012 são mais promissores ainda em relação à redução do desmatamento. Os números de agosto de 2011 a maio de 2012 mostram que há uma redução de 25% no desmatamento ante a menor taxa registrada, que é referente ao período de agosto de 2010 a julho de 2011. Segundo a ministra, isso mostra que “é possível crescer, incluir e preservar”.

A presidente Dilma Rousseff, presente à solenidade, afirmou que “sustentabilidade é agenda econômica, social e ambiental” e que, se não for vista dessa forma, será insuficiente. Segundo ela, no Dia Mundial do Meio Ambiente, “temos muito a celebrar, mas também muito a avançar”. Há o desafio, destacou, de produzir alimentos e água para alimentar os povos e que esse é “o maior desafio universal”. “Não recuaremos diante desse grande desafio”, afirmou a presidente, ressaltando que é preciso alimentar os povos, gerando energia limpa e preservando

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Máquina transforma cartão magnético vencido em palhetas

O que fazer com os cartões do banco, da faculdade, do plano de saúde e muitos outros quando chega o prazo de validade?

Meu amigo e minha amiga rocker, nada de jogá-los fora e nem deixar a gaveta abarrotada de cartões velhos. A MTV Brasil criou uma maquininha maneira, a “Green Picks”, que transforma os cartões vencidos em palhetas, na hora! Demais, não?

Para transformar o cartão, basta inseri-lo na máquina, abaixar a alavanca e pronto: você tem novas palhetas! A maquininha pode ser encontrada em bares de São Paulo e na sede da MTV, no Sumaré.

Confira o vídeo de divulgação da “Green Picks”: