Com 87% de sua matriz energética vindo de hidroelétricas, o Brasil está prestes a enfrentar um colapso. Com a falta de investimento no setor, e a dependência de chuvas para reabastecer os reservatórios no Sudeste, o Brasil enfrenta uma crise energética. Além disso, apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está isenta de impactos ambientais e sociais, já que causa alagamento, destruição de extensas áreas de vegetação natural e prejuízos à fauna e à flora.
Uma alternativa a esta crise é a utilização da usina solar, que capta a energia luminosa e a energia térmica provenientes do Sol e as transforma em energia elétrica ou térmica. Na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, esta é uma ótima opção, já que consiste em uma fonte energética renovável e limpa (não emite poluente).
A energia solar costuma ser utilizada em locais secos e ensolarados. Um bom exemplo é Israel, onde aproximadamente 70% das residências possuem coletores solares. Os Estados Unidos, Alemanha, Japão e Indonésia, também estão à frente na utilização dessa fonte. No Brasil, a utilização de energia solar está aumentando de forma significativa, principalmente o coletor solar destinado para aquecimento de água.
Essa fonte de energia ainda não é tão utilizada no país pelo alto custo de sua implementação, porém, estudos do Ministério de Minas e Energia (MME), apontam que esse valor deverá cair até 45% até 2018. Essa redução visa a participação competitiva da energia solar em leilões de eletricidade dentro de alguns anos.
Com a redução nos custos, a utilização desse tipo de energia será mais viável, já que os painéis solares estão a cada dia mais potentes, ao mesmo tempo em que seu custo vem decaindo. Além disso, depois de instaladas, as centrais necessitam de manutenção mínima. A energia solar, ainda é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, não necessitando de enormes investimentos em linhas de transmissão.
Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.