Criação de produtos sustentáveis

Muitas vezes postamos produtos sustentáveis incríveis e muitas pessoas nos perguntam: “onde tem para vender?”. Infelizmente, a maioria desses produtos são apenas protótipos, ideias que ainda não são produzidas, ou mesmo não são comercializadas aqui no Brasil.

Para mudar esse cenário, o Coletivo Verde criou uma plataforma para tentar solucionar três problemas de uma vez: a primeira, e mais óbvia, é justamente a falta desses produtos sustentáveis no mercado. Em segundo lugar, lembram quando eu falei sobre “maquiagem verde” nesse post? Pois é, tem muita empresa vendendo falsos “produtos verdes” no mercado. Por isso, a plataforma também quer deixar a produção mais transparente, afim de que o consumidor realmente veja as vantagens  dessa escolha. E para finalizar, o projeto também quer possibilitar um melhor custo-beneficio ao consumidor.

Legal né? Para conhecer melhor o projeto e dar suas dicas e opiniões sobre os produtos acesse: http://www.coletivoverde.com.br/cocriacao/

Fique atento a “maquiagem verde”!!!

Na última semana começaram a valer as novas regras do Conar para as propagandas relacionadas a sustentabilidade. O objetivo é evitar o greenwashing, conhecido como ‘maquiagem verde’, e deixar o consumidor atento na hora de escolher um produto.

É preciso saber que promessas de impacto zero não existem! A produção de qualquer produto causa danos a natureza. O que podemos e devemos analisar é como o fabricante utiliza os recursos naturais e quais as condições de trabalho são oferecidas por ele.

Um Dossiê Verde do site Ideia Sustentável, mostra que a tendência “verde” traz muitos oportunidades para o mercado. O problema é quando as empresas não têm “critérios claros a respaldar suas pretensões ambientais” e utilizam “símbolos e apelos visuais que podem induzir o consumidor a conclusões erradas sobre o produto ou serviço que deseja comprar.”

O relatório The Sins of Greenwashing, da consultoria TerraChoice Environmental Inc., classifica o greenwashing em sete pecados. Segundo o estudo de 2010, em um ano o número de produtos que se dizem verdes subiu 73%. Veja como reconhecer um pecador:

1) Custo ambiental camuflado: a embalagem apresenta apenas a vantagem para a natureza, escondendo o que o produto causa de impacto real.

2)Falta de prova: O produtor não deixa informações especificas disponíveis. Ou seja, não tem provas de que o produto é correto ambientalmente.

3) Incerteza: Quando o consumidor não entende as expressões usadas e confunde significados. Por exemplo: mercúrio é natural, porém, venenoso.

4) Culto a falsos rótulos: O produto apresenta símbolos, simulando selos confiáveis, como árvores ou planeta, quando na verdade estão ali para enganar o consumidor.

5) Irrelevância: Quando as informações úteis ficam perdidas em meio a mensagens em destaque e o consumidor acaba não encontrando o que precisa

6) “Menos Pior“: O benefício ambiental do produto pode até ser verdadeiro, mas esconde o impacto da sua indústria como um todo

7) Mentira: Quando as informações passadas pelo produtor são falsas! O Brasil e o Canadá foram os países que mais pecaram nesse quesitos, e o segmento de cosméticos é o que mais possui informações falsas.